quarta-feira, 14 de setembro de 2016






As vezes tenho vontade de te mandar foder…só que não o faço, não por não ter essa vontade mas olho para ti e penso…hoje não um dia destes
Houve um dia que te vi e a mesma vontade voltou mas era de te mandar para real puta que pariu…mas olhei para ti e simplesmente abanei a cabeça
Sabes...o mais engraçado disto tudo é que vou-te respeitando, falo, ouço-te e ainda me rio contigo e, fazes-me rir e acho piada a tua maneira de ser, sabes porquê? Eu digo-te ajudas-me a ver os meus defeitos, manias, feitios e qualidades, aprendo sempre que estou na tua companhia…queres saber quem é…Hoje não um dia destes
Quem sabe não será no dia em que te mandar foder ou para a real (…) o resto vocês já sabem, ainda quero aproveitar-te, ainda tenho muitas danças contigo, e uma delas é a dança da mudança é a mais difícil mas não a mais complicada…
As vezes tenho vontade de te dizer isto; olha-la quem pensas que és? Mais do que eu em quê? Ganha-me ideia, vai crescer ou catar piolhos alguém, vai cuuuuuu caaaaraaaalho…mas olho para ti e a cada dia que passa, admiro-te, aprecio-te e, vou observando tudo o que dizes o que fazes o teu comportamento as tuas atitudes e bla bla bla blas…e sabes porque o faço? …Hoje não um dia destes digo…
Se sou julgada ou criticada? Se julgo ou critico?
Sim sou…sim critico e julgo… porquê tu também não és? E não criticas e julgas?…e quê? Qual o problema? Somos todos assim criatura, o ser humano é assim esta entranhado esse lado digamos que estranho mas que toda gente gosta…e que atire a primeira critica ou julgamento quem não o faz ou diz que nunca o fez.
Por exemplo isto que escrevi, e que certamente alguém irá ler, vai pensar em voz alta ou em silêncio ou com alguém “esta gaija não está bem ou pior ainda…” isto é um suponhamos, mas também isso já é um problema de quem pensa, pois pensa com a sua cabeça e tem o trabalho de pensar isso e muito mais…mas a verdade no meio de tanta coisa escrita aqui, esta é a verdade da vontade de muita gente que tem a mesma coragem que eu tenho, a coragem interior e de pensamento…
As vezes tenho vontade de…hoje não um dia destes
Até amanhã!
Glória Paiva

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016



Perdoa-me…
Perdoa-me, fácil de se dizer porque temos como mais uma palavra que facilmente nos sai da boca assim como a palavra amo-te…mas não é bem assim a palavra perdoa-me é uma palavra única que se deve ser dita sentida transportada de dentro da nossa alma em que nos arranha de tão forte que é, e aí sim o perdão surge e torna-nos mais leves e bem connosco, no momento em que se diz choramos sempre no inicio no meio e no fim de cada letra.
Perdoa-me…

Sim perdoa-me, porque preciso de te dizer o quanto eu me sinto horrível, por te ter magoado, inconsciente ou consciente não interessa, mas quero sim pedir-te perdão…a minha alma, o meu ser, meu eu…perdoa-me por me fazer, por te fazer transportar tanta dor em silêncio e porquê e para quê? Quero entender este meu fracasso contigo, tantas falhas e agora sei que choro e me castigo… atrás desta rede escondo-me da vergonha vestida de preto, não…não quero olhar para ti não quero que vejas o meu rosto desfigurado do peso da minha insensatez e da minha transformação imprópria do meu ser…
Perdoa-me…

Sim perdoa-me tu, só tu o podes fazer só tu tens essa força e esse poder contigo não eu…eu apenas te peço perdão através do grito gravado na minha pele, sem brilho pelas loucuras impróprias que me deixei levar através de ilusões ilusórias que fui criando porque assim quis, por pensar que estava bem, que estava tudo bem…e que agia bem…mas não apenas prejudiquei algo bom ou criativo, algo que de certa forma me nutria com a tua maneira própria de ser, tua e individual não interessa como ou de que jeito és, tu és assim…fui cobarde, não soube aceitar, acabei por me transformar num ser primitivo quase anti-social…e agora…sim são as consequências que semeei, cultivei e tenho de as colher até ao fim da minha plantação.
Sei que não será como antes, neste caminho perdeu-se um pouco do muito do que me tinhas dado, não foi por mal, apenas não soube lidar com a situação…
Perdoa-me…

Autoria: Glória Paiva